Conhecidos pelo alto desempenho e tecnologia, os carros elétricos vêm ganhando cada vez mais espaço no cenário mundial. Os modelos utilizam o método de alimentação do motor por baterias, substituindo os combustíveis convencionais como a gasolina e o etanol. Um dos principais motivos de tal popularização se deve ao custo benefício em relação aos automóveis a combustão. Além dos fatores de desempenho, como a eficiência dos motores e ausência de ruídos, a não utilização de combustíveis fósseis permite a menor emissão de poluentes e a redução de custo para abastecimento.

A adaptação à tecnologia já é uma realidade em muitos países desenvolvidos, como é o caso da Noruega, que em março de 2019 teve mais carros elétricos vendidos do que automóveis movidos à combustão, terminando o ano com 48,4% dos carros vendidos no país sendo elétricos. A consolidação do mercado de carros elétricos em países desenvolvidos se deve a vários fatores, sendo os principais o incentivo governamental à compra desses veículos, com a redução de impostos de importação, e uma sólida estrutura de postos de abastecimento em pontos estratégicos.

Atualmente as vendas de carros elétricos e híbridos  — que permitem abastecimento tanto elétrico quanto por combustível  — têm participação discreta no mercado brasileiro, representando 0,16% do total de emplacamentos feitos no Brasil em 2018, com 3,9 mil unidades. No mesmo ano, a quantidade de veículos elétricos no país era de 10.590 unidades, representando apenas 0,025% da frota total. A atual conjuntura do mercado pode ser explicada pelo alto custo de importação dos veículos elétricos, gerando um alto valor final ao produto, assim como pela falta de estrutura no país, contando com poucos postos de abastecimento, para receber estes automóveis.

A Agência Internacional de Energia projeta que até 2040 54% dos veículos comercializados serão elétricos, entretanto, no Brasil esta projeção parece algo muito distante quando comparado a países desenvolvidos que possuem um mercado de carros elétricos em amplo crescimento. Sendo assim, se faz necessário para o crescimento deste mercado no Brasil um maior incentivo governamental com redução de impostos, a fim de reduzir o custo final dos automóveis, além de um investimento na infraestrutura para receber esses veículos através de uma ampliação no número de postos de abastecimento.

Além disso, os países em maior desenvolvimento e que têm se adequado a essa realidade possuem sua matriz energética com predominância de fontes renováveis, portanto a energia utilizada para o abastecimento desses veículos condiz com o termo de sustentabilidade geralmente atrelado aos veículos elétricos. Esse ponto também deve ser considerado quando trazemos essa discussão para o Brasil, pois a proposta ecológica se afastaria caso a fonte de energia dos postos de abastecimento for proveniente de combustíveis fósseis, abrindo outras discussões como, por exemplo, acerca do cenário energético brasileiro.

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