Após o surgimento da Revolução Industrial,  as fontes de energia passaram a ser provenientes da queima de combustíveis fósseis, como o carvão mineral,  o gás natural, o petróleo e seus derivados. Junto ao rápido desenvolvimento científico e econômico das últimas décadas, novas fontes alternativas de energia começaram a surgir a fim de aliar o desenvolvimento à sustentabilidade.

Por sua grande extensão territorial e localização, a matriz energética brasileira (que é o conjunto de fontes de energia utilizadas somente para a produção de energia elétrica) é  predominantemente oriunda da energia hidrelétrica, que, por mais que cause impactos ambientais significativos no local onde as usinas são construídas, é considerada uma energia limpa. Atualmente, ela é responsável por 66,6% da nossa energia elétrica, e há estudos que mostram que atualmente exploramos somente 35% da capacidade dessa fonte energética.  A segunda principal fonte de energia elétrica do país é proveniente dos combustíveis fósseis, com uma participação de 14,2% do total. Todavia, a tendência é de que ela seja ultrapassada pela energia eólica que, atualmente, é a terceira matriz mais utilizada no país (representando 7,6% do total da produção de energia elétrica brasileira). O Brasil tem uma das melhores matrizes elétricas do mundo, já que aproximadamente 80% dela é proveniente de fontes renováveis, sendo que para os próximos anos essa porcentagem tem um alto potencial de crescimento. 

É importante destacar que quase 70% da geração de energia do país é proveniente apenas de sete estados brasileiros: Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Pará, Minas Gerais, Santa Catarina e Rondônia. Nesses estados são produzidos  36,8 MW de energia, enquanto a produção total do Brasil é de 58,7 MW  (de acordo com Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS)). Em contrapartida, os estados que mais consomem energia são: São Paulo,  Minas Gerias,  Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul e Bahia. Podemos notar que o uso de energia varia bastante de região para região, havendo áreas com demandas consideravelmente maiores do que outras. Diversos fatores influenciam nisso, sendo o principal deles a concentração de parques industriais encontrados no sudeste, fazendo com que o mesmo fosse, segundo a ANEEL, responsável pela metade de todo o consumo energético do país em 2018. 

Os países estabelecem suas estratégias conforme as suas potencialidades, gerando diferenças significativas nas fontes geradoras de energia. A Alemanha tem uma matriz elétrica com 40,4% de energias renováveis, mas as usinas termelétricas a base de carvão ainda são muito importantes para a geração energética. A França produz 75% da sua energia elétrica por meio de usinas nucleares. Na Suíça, somente 1,4% da energia produzida em seu território é advinda de termelétricas, mas necessita importar cerca de metade da energia que consome (o que demonstra uma fragilidade na sua autonomia energética). Nos Estados Unidos, 17% da energia elétrica é produzida a partir de fontes renováveis e 62% a partir de combustíveis fósseis (38% de gás natural, 23% de carvão e menos de 1% de petróleo). Dessa forma, é possível notar que, apesar da leve abertura do mercado nacional na área de produção de energia e de um menor desenvolvimento econômico do país, quando comparado com países de primeiro mundo como os Estados Unidos, o Brasil já demonstra seu enorme potencial nessa questão apresentando uma das melhores matrizes elétricas do mundo.

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