Desde o início da civilização, o ser humano almeja encontrar diferentes formas de geração de energia que possibilitem o avanço tecnológico nos diferentes setores da sociedade. Com isso, em meados do século XVIII com o advento da Revolução Industrial, descobriu-se um potencial fortíssimo para a geração em grande escala de energia, os combustíveis fósseis. Os combustíveis fósseis são recursos naturais não-renováveis, originados de restos orgânicos acumulados na crosta terrestre ao longo de milhões de anos, que possuem um alto teor de carbono capaz de queimar em ar, produzindo energia na forma de calor, podendo se apresentar em diversas formas como o petróleo, gás natural, carvão, entre outras. Nos dias atuais, essa matéria prima é responsável por cerca de 75% da produção energética mundial, se destacando pela abundância, o fácil manuseio e o baixo custo, e também tendo aplicações na indústria como um todo. Porém o avanço tecnológico e a crescente dos estudos envolvendo energias renováveis vêm, aos poucos, ofuscando a necessidade do uso de combustíveis fósseis, principalmente pelo fato de ser um dos principais catalisadores da poluição atualmente e também por ser uma matéria finita, que pode se esgotar daqui a algumas gerações.

Devido ao grande consumo, os combustíveis fósseis se destacam na geração de energia a nível global, sendo o carvão o principal por ser utilizado como combustível em termelétricas onde a água se torna vapor a partir do calor proveniente da sua queima. Ainda estão presentes no setor dos transportes como combustíveis para diversos veículos, tendo como exemplo, a gasolina que, obtida através do refino de petróleo, abastece os automóveis. Dentro de nossas casas, os combustíveis fósseis são representados pelo propano, derivado do petróleo, um dos componentes do gás de cozinha (GLP – gás liquefeito de petróleo), e pelo carvão e gás em aquecedores residenciais. Além disso, são usados na indústria como plástico e poliéster, os quais adquiridos a partir de diferentes formas de combustíveis fósseis, na fabricação de diversos produtos como garrafas, sacolas, e, no caso do poliéster, roupas.

Como foi possível observar, os combustíveis fósseis atuam em diversos setores do nosso cotidiano provando nossa dependência sobre eles há mais de 200 anos. Hoje, conseguimos ver as consequências que eles trazem, como a forte poluição através da emissão de gases que contribuem para o efeito estufa. Dessa forma, em conjunto com diversas iniciativas, entre elas o Acordo de Paris – compromisso internacional discutido em 195 países com o objetivo de reduzir as consequências do aquecimento global -, o mundo caminha para uma geração mais renovável que além da busca por formas de geração de energia que possam atuar ao lado dos combustíveis fósseis sem poluir tanto quanto eles, diversos países têm como objetivo a redução do consumo e, ao mesmo tempo, das emissões de gases poluentes numa tentativa de frear o aquecimento global. Num cenário que busca 2°C como limite de aumento da temperatura global, o consumo de combustíveis fósseis deve cair imediatamente. Diminuir o consumo de carvão e petróleo é essencial além de manter o uso de gás natural com pouco ou nenhum crescimento pois este emite 50% menos que os demais. Diante disso, a expectativa é de que os combustíveis fósseis passem a fornecer 60% da energia global em 2040,  o que representa uma redução de 15% em relação à participação atual desses combustíveis no fornecimento energético. 

Mas como podemos reduzir o consumo de algo tão enraizado em nossa sociedade? Uma forma de reduzir o consumo na indústria é torná-la mais eficiente, uma solução que, além de diminuir as emissões, beneficia a própria empresa que acatá-la. Outro meio é economizando energia, uma ação feita muitas vezes individualmente e que contribui muito para minimizar a poluição. Por exemplo, desligar as luzes ao sair de um cômodo e os aparelhos eletrônicos que não estão sendo utilizados no momento; ainda buscar por aparelhos mais eficientes e que consomem menos eletricidade como lâmpadas, ares-condicionados, máquinas de lavar e etc. 

Além disso, outra maneira de contribuir com esse objetivo é associar o uso destes combustíveis à tecnologia. Assim, com o desenvolvimento tecnológico das indústrias, diversos processos passaram a ser supervisionados por computadores e algoritmos. Tanto as indústrias que extraem combustíveis fósseis quanto as que o utilizam foram beneficiadas pelo advento dessa tecnologia, agora, com a capacidade de medir, em tempo real, os fluxos de dutos, temperaturas e pressões de caldeiras, emissões de poluentes e o próprio uso dos combustíveis. Dessa forma, os responsáveis pela produção conseguem prever, com um certo nível de acurácia, possíveis problemas que irão ocorrer, bem como a percepção imediata de situações extremas, como um duto rompido ou uma caldeira superaquecidas, reduzindo o risco de contaminação ambiental por vazamentos  e aumentando a eficiência do uso de combustíveis, o que acaba sendo, inclusive, benéfico financeiramente para a empresa. Também podemos citar outro uso da tecnologia muito conhecido pelos brasileiros desde 1997, quando passou a ser obrigatório em automóveis, o catalisador, que possui sua versão para indústrias, aliás. Esse é um componente do carro que transforma a maioria dos gases nocivos emitidos pela combustão em moléculas inofensivas ao meio.

Porém, essas medidas de redução e de aumento da eficiência sobre o uso de combustíveis fósseis não têm como foco apenas a diminuição da poluição, outra preocupação é quanto tempo ainda teremos de petróleo.O petróleo também se destaca por ter uma gama de aplicações em diversos setores da sociedade, se mostrando como uma das matérias primas mais valiosas na atualidade. A situação de dependência que a sociedade criou ao longo dos anos sobre essa matéria-prima se relaciona diretamente com o aumento da sua demanda. Por exemplo, no Brasil, em 2020, a produção de petróleo atingiu a média de 2,94 milhões de barris por dia, um crescimento de 5,5% em relação ao ano anterior, mostrando a superprodução que é relatada em diversos países. Diante disso, as reservas de petróleo, mesmo que alguma nova reserva seja descoberta eventualmente, estão se esgotando. Não se sabe ao certo quando iremos presenciar o esgotamento total, porém, ao que tudo indica, daqui a algumas gerações a utilização do petróleo será extinta.  Dentro da Renova Jr., já realizamos um case de consultoria e análise do sistema solartérmico para um condomínio que substitui o uso de gás GLP, no qual foi feito um estudo referente aos geradores solares à vácuo instalados no terraço do prédio e a economia que eles geram. Foi constatado que 76,9% da água quente provinha do aquecimento solar, enquanto o restante era proveniente de aquecedores a gás, que complementam o sistema em dias de baixa disponibilidade solar ou demanda muito mais alta que o normal, esse nível de participação da energia solar se deve a área disponível para a coleta solar ser 76,9% da ideal. Com este projeto e diversos outros oferecidos pela Renova Jr., nós possibilitamos a substituição dos combustíveis fósseis para um meio mais sustentável e que busque uma maior economia, sempre procurando entregar o projeto da melhor maneira possível e focando na satisfação do cliente.

Autores: Alexia Silva dos Santos, Bruno Lignati e Gabriel Oliveira de Borba.

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