A produção de energia elétrica a partir de raios solares, pode ser feita de duas maneiras. A primeira, chamada de heliotérmico, converte a radiação solar em energia térmica e, posteriormente, em energia elétrica. Já o segundo, com o nome de fotovoltaico, converte a radiação solar diretamente em energia elétrica. Entretanto, no Brasil, ainda existem muitas dificuldades para esses sistemas se tornarem comuns nas residências, comércios e indústrias. Para se ter noção, a energia solar representa cerca de 1,7% da matriz energética do país, mas esse número vem crescendo consideravelmente em comparação com anos anteriores (principalmente no Sul e Sudeste do país). 

A energia solar no país enfrenta desafios para a expansão desse mercado, entre eles está a falta de incentivos governamentais, dificultando a aquisição da tecnologia, e a mudança das matrizes energéticas já implementadas no Brasil, as quais são vistas como mais econômicas a curto prazo. Apesar disso, novas leis e programas estão sendo elaborados para aumentar a aderência da matriz energética solar, dentre elas:  Convênio nº101/97 CONFAZ – isenta de ICMS as operações que envolvam diversos equipamentos para a geração de energia elétrica por meio da energia solar e eólica; R.N nº482/2012 – permite o sistema de compensação, isto é, a energia produzida por painéis fotovoltaicos instalados em telhados gera créditos que podem ser compensados, abatendo os custos da conta de luz.

Em termos geográficos, o Brasil tem um grande potencial para implementar esse tipo de tecnologia, visto que pela sua localização há uma maior incidência de irradiação solar. Países da Europa, em que há uma menor taxa de raios solares, já utilizam em grande escala a energia solar – no começo de 2020, estimou-se que cerca de 5% da demanda energética da União Europeia foi coberta por instalações fotovoltaicas. Além disso, em termos econômicos o Brasil vem demonstrando uma queda no preço das fontes fotovoltaicas nos leilões. Em 2013, o preço médio do equipamento era de 103 reais, já em 2019 foi registrado o valor de 20,33 reais, tornando este um cenário competitivo para investidores.

Os países que são referência em energia solar chegaram num patamar de eficiência com políticas que investem e incentivam a população a utilizar energias renováveis, além disso, buscam o desenvolvimento de novas tecnologias. Por exemplo, a Alemanha é um país referência em políticas de incentivos eficientes em uso de energias renováveis. Através de subsídios oferecidos pelo governo,  foi criado um esquema de remuneração para quem instalar painéis solares fotovoltaicos – quem instala os painéis consegue gerar sua própria eletricidade, podendo vender o excedente de energia gerada para os vizinhos ou para as companhias elétricas.

Em um contexto de busca por novas fontes energéticas sustentáveis, eficientes e viáveis economicamente, surge um foco de pesquisa e inovação na área da energia solar. Dessa forma, desenvolveu-se os painéis fotovoltaicos orgânicos – também chamados de OPVs, utilizam eletrodos impressos em polímeros orgânicos, os quais absorvem a luz do sol transportando essa carga até um conversor. Além disso, os OPVs, são considerados mais baratos (tratando-se de um material orgânico), maleáveis, leves, duráveis e recicláveis após o uso. Contudo, o principal ponto negativo do uso dos painéis orgânicos está na eficiência energética, sendo necessário o uso de mais painéis para atender a mesma demanda de energia elétrica

Apesar de todas as dificuldades de implementação da energia solar no Brasil, muitas empresas e residências estão aderindo a ideia, pois gera um retorno financeiro excelente e trata-se de uma fonte de energia sustentável. A Renova Jr realizou um projeto com o Condomínio Idea São Vicente que pode ilustrar o que foi dito: o condomínio solicitou uma consultoria para a aquisição de sistemas de energia solar fotovoltaica, de energia solar térmica e de bombeamento hidráulico. Neste projeto – dando um enfoque na energia solar – foi apresentado ao cliente toda a análise feita pela equipe, baseando-se no consumo de energia mensal do prédio, demonstrando a quantidade de placas fotovoltaicas necessárias para suprir a demanda do condomínio, bem como a marca ideal, o tamanho de cada placa e a área em que será feita a instalação. Após feita toda a análise, é possível gerar um gráfico ilustrando a economia de energia mensal depois da instalação das placas solares, assim como a energia gerada pelo sistema: concluiu-se que o condomínio economiza 137,99 reais por mês (média anual dos valores economizados por mês) e gera 167,04 kWh/mês. 

Autores: Fernando Viero Silveira, Hassan Augusto Bittencourt de Oliveira, Luiza Jardim Weingartner Mariante

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