Uma crise hídrica nada mais é do que o reflexo de não haver captação suficiente para abastecer os reservatórios em níveis ideais. Esse é o cenário em que o Brasil se encontra, sem chuvas para manter as represas cheias o país passa por um momento difícil que afeta negativamente a geração energética nacional, bem como a distribuição de água para a população, dentre outras consequências. Diversos fatores contribuíram para essa situação, mas alguns passos podem ser tomados para sair dela e prevenir a repetição de tais eventos.

Fenômenos climáticos recorrentes, como a La Niña, caracterizada pelo resfriamento das águas do pacífico, influenciam a distribuição de chuvas no território brasileiro. Esse fator é um contribuinte para o estado corrente, mas não pode ser apontado como o único. Outro ponto que pode se enumerar como relevante é o recente histórico de descaso com a questão ambiental, refletido no acréscimo do desmatamento, especialmente na selva amazônica, que por sua vez reduz a formação de nuvens e a sua consequente precipitação.

A crise atual afeta o consumidor final de várias formas, a começar pela adoção da tarifa vermelha 2 anunciada recentemente, que se reflete em um aumento de 50% no custo de geração devido à necessidade de se acionar ainda mais potência de fonte termelétrica. Essa elevação de preços, por sua vez, gera em um acréscimo de cerca de 7% no custo médio da eletricidade para os consumidores cativos, além de uma grande instabilidade, em parte também influenciada por caráter especulativo, no preço de contratos para os consumidores expostos ao mercado livre.

Para amenizar os efeitos da escassez de água, algumas medidas podem ser tomadas a curto, médio e longo prazo, e envolvem a diversificação da matriz energética. Em âmbito nacional, a melhor alternativa a curto prazo é o aumento de geração a partir de outras fontes, como as termelétricas a gás natural. Já em médio prazo, a expansão e a abertura de novos parques eólicos, tanto offshore quanto onshore (em água e em terra, respectivamente), e a maior inserção de painéis solares no modelo de mini e micro geração distribuída (MGD) e em usinas do tipo são uma boa alternativa para diminuir a dependência da matriz hídrica.

A longo prazo, sistemas de bombeamento podem ser implementados, que basicamente enchem os reservatórios quando há geração excedente através do bombeamento de água que fica acumulada no lago inferior de uma hidrelétrica, após a saída das turbinas. No entanto, como o Brasil possui o Sistema Interligado Nacional (SIN), tais situações de geração excedente são difíceis de ocorrer, fazendo com que os casos de melhor custo-benefício sejam os de sistemas com interligação da energia hídrica com as demais fontes, como a solar ou a eólica.

Ao se voltar para uma escala menor, isso é, individual, empresarial ou industrial, a ideia de diversificar o mix de fontes energéticas ainda é aplicável. Através da instalação de painéis solares para atender a demanda privada é possível amortecer os impactos de eventuais crises quando ocorrerem, essa é uma opção a ser considerada no médio e longo prazo devido a necessidade de aporte inicial e tempo de retorno de alguns anos. No curto prazo, a adoção de boas práticas de consumo e o mapeamento energético, seguido de atualizações pertinentes, são a melhor saída para enfrentar as dificuldades impostas pelo momento.

A atual crise hídrica causou a redução da oferta de energia elétrica, porém houve manutenção da demanda, o que resultou no aumento de preços no mercado cativo e na instabilidade no mercado livre. A fim de combater e prevenir a reincidência de tais momentos no cenário brasileiro, a diversificação da matriz energética e o uso mais consciente desses recursos é a saída mais segura, e pode ser feita tanto em nível nacional quanto em nível particular. A Renova Jr. se propõe a auxiliar esses movimentos através dos serviços oferecidos para os setores residenciais, comerciais e industriais com o objetivo de economizar e tornar cada vez mais eficiente o uso da energia. 

Autores: Diego Brito, Lucas Follmann e Pedro Henrique

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