Na última década, o expressivo crescimento da fonte fotovoltaica na matriz energética brasileira tem chamado muito a atenção da sociedade. Embora a geração distribuída tenha liderado esse avanço, a geração centralizada, como é o caso das usinas solares, também tem experimentado uma significativa ascensão; segundo estimativas da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, em 2021, a geração centralizada teve  um aumento de 37% em sua capacidade, o que a colocou como a sétima maior fonte de energia elétrica do país. Diante disso, surgem, inevitavelmente, dúvidas a respeito de seu funcionamento e eficiência. Então, vamos esclarecer as principais delas no decorrer do texto.

Primeiramente, os painéis fotovoltaicos funcionam a partir da absorção da luz solar. Quando as pequenas partículas de luz (fótons) atingem as placas solares produzidas em fibras de silício, essa colisão transfere energia em forma de corrente elétrica contínua, que, ao passar por um inversor solar, torna-se alternada, ou seja, se transforma na eletricidade que abastecerá a sua residência. Com base nesse funcionamento, é seguro afirmar que o verão é a principal época do ano para a instalação do sistema fotovoltaico, uma vez que nele a incidência solar e o período de duração que ela ocorre são maiores comparado ao inverno. Nesse sentido, a escolha do melhor período, juntamente de um direcionamento correto dos painéis e componentes de alta qualidade , acarretará numa máxima eficiência do sistema energético. 

Assim, podem surgir, da sua parte, muitas dúvidas a respeito do período mais vantajoso para instalação dos painéis solares e do porquê ser no verão. Desse modo, é importante lembrar que a energia é formada a partir dos feixes de luz, e não pelas temperaturas elevadas geradas por eles; além disso, temperaturas muito altas podem, por meio da sobrecarga calórica no átomo de silício, afetar negativamente o rendimento de energia. Dito isso, o funcionamento das usinas fotovoltaicas não se distinguem muito das instalações residenciais, porém o rendimento deve ser o máximo possível, pois como a produção é em larga escala, qualquer erro de planejamento acarreta uma gigantesca perda de energia. Portanto, é bom esclarecer a você que o maior prejuízo do inverno na geração de energia fotovoltaica é a tangência do raios solares, o que ocasiona dias mais curtos e noites mais longas, sendo assim,  haverá uma menor carga horária de energia solar interagindo com as placas fotovoltaicas; além do que, no inverno, é muito comum, principalmente perto de cidades grandes, a inversão térmica, fenômeno atmosférico que ocorre quando o ar quente, cheio de fuligem e poluição, fica preso por duas camadas de ar frio, formando, assim,  uma capa de sujeira no ar, e isso pode afetar diretamente a produção fotovoltaica, justamente por dificultar a passagem dos raios de luz.    

Nesse sentido, almejando o máximo do potencial de uma usina solar no inverno, cada projeto irá variar na localização, clima, relevo e componentes. Entretanto, o ideal é garantir um desempenho equivalente em todas as estações do ano, evitando priorizar apenas uma, e para isso é necessário trabalhar com a coordenada que define a sazonalidade do planeta, a latitude, ou seja, você deve considerar que, quanto mais perto a usina estiver da linha do equador, mais equivalente será a absorção dos raios solares nas diferentes estações do ano. No entanto, vale destacar que o sistema que rotaciona as placas automaticamente (trackers), a fim de acompanhar o movimento do sol , são de extrema importância para um maior rendimento energético. Ademais, vale ressaltar que as regiões interioranas levam vantagens na instalação das usinas fotovoltaicas, justamente pelo fato de se situarem longe das regiões com alta taxa de poluição, desfavorecendo, assim, o aparecimento de inversão térmica. Logo, transfira, se possível, seu projeto energético para longe dos centros urbanos.

          Além disso, um dos grandes benefícios do sistema fotovoltaico é a sua geração de energia limpa, renovável e que não depende da temperatura local para ser eficiente. Dessa forma, deixando de lado as usinas localizadas próximas à linha do equador, já que ficou explícito sua unanimidade quanto à sazonalidade; diferentemente, nas regiões mais ao sul do Brasil, mesmo que exista menor luminosidade durante os meses de março à setembro, os painéis solares são dimensionados de forma estratégica de acordo com a latitude do local, a fim de que a luz absorvida se torne a máxima possível e o sistema funcione bem ao longo do ano todo. Ou seja, é válido deixar o sistema de usinas solares fotovoltaicas ligados durante os períodos de outono e inverno.

Por fim, vale ressaltar que, com a adoção de práticas inteligentes, é possível garantir um desempenho razoável das usinas apesar das condições adversas provocadas pelo inverno. Aliás, várias dessas práticas inteligentes já foram amplamente utilizadas, em projetos de sucesso, pelo time da Renova Jr. Por exemplo, o projeto de assessoria fotovoltaica, realizado em 2019, que mesmo com uma área de sombreamento localizado ao norte da planta de instalação do sistema, principalmente nos horários de pico energético, conseguimos indicar alternativas para minimizar as perdas e garantir um vantajoso investimento; como exemplo, a disposição planejada dos painéis, o uso de múltiplos inversores com otimizadores de energia e a seleção criteriosa dos componentes. Assim, vemos que a Renova Jr. tem experiência com a problemática de restrições à luminosidade, como ocorre no inverno, o que confere à empresa plenas condições de atuar na busca da melhor performance de usinas durante todas as estações do ano.

Autores: Henrique Bressan, Gabriel Dal Molin, Rodrigo Greuner e Thales Neumann

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