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Vantagens na utilização de Caldeiras a biomassa nas Indústrias

As caldeiras são equipamentos destinados a produzir e a acumular vapor. Para isso acontecer, é necessário alguma fonte de energia, que pode ser fóssil ou renovável. Com o uso de combustíveis fósseis ocorre a liberação de dióxido de enxofre, um dos gases responsáveis pelo aquecimento global. 

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Inversores de frequência como aliados no sistema produtivo

Um aparelho que já está inserido no meio industrial e vem ganhando mais notoriedade a cada dia é o inversor de frequência, ele trouxe mais eficiência e resolveu problemas que eram de difícil solução no passado, como alterar a frequência de operação de um motor trifásico

Mercado Livre de Energia: sua empresa livre de tarifa?

O mercado livre de energia é um meio de negociação de contratos livremente entre consumidores, geradores e comercializadores de energia. Migrar do mercado cativo, ou seja, o mercado em que os consumidores compram a energia da concessionária à qual estão ligados, para o mercado livre, significa parar de pagar a tarifa de energia fixada pelo governo. Isso se deve ao fato de que consumidores livres têm duas faturas ao mês, uma que é paga à distribuidora devido ao serviço prestado na distribuição da energia, e outra que é proveniente do contrato feito diretamente com o fornecedor de energia.

Mas e quem pode comprar nesse mercado?

É interessante a obtenção de contratos no mercado livre de energia àquelas empresas que têm uma fatura de energia com valores muito elevados. Mais especificamente, é necessário que a empresa tenha uma demanda contratada a partir de 500kW por mês, o que equivale a uma conta de luz de mais ou menos R$80.000,00. Consequentemente, esses consumidores seriam indústrias, supermercados, condomínios, hotéis, hospitais, e quaisquer outras empresas que, além de se encaixarem no perfil de consumo, visem a diminuição do valor da sua fatura de energia.

Ok! A minha empresa se encaixa no perfil, como faço para comprar?

A compra de energia elétrica pode ser feita diretamente com as unidades geradoras ou com as comercializadoras por meio de um contrato negociado entre ambas as partes. Vale lembrar que é necessário que o consumidor esteja conectado a uma rede de distribuição, para poder receber a energia contratada

Obs: No mercado livre, a distribuidora continua sendo a responsável pela entrega de energia, portanto, o risco de fornecimento é o mesmo tanto para o mercado cativo quanto para o mercado livre de energia.

E quais são os outros benefícios de comprar no mercado livre?

Além da previsibilidade dos preços por causa do contrato negociado, a empresa não estará sujeita a mudanças repentinas na tarifação, o que pode fazer muita diferença, já que os preços das tarifas estipuladas pelo governo variam bastante. Também pode-se levar em conta o poder de escolha do contratante, já que a quantidade de energia é dimensionada conforme o perfil de consumo do seu negócio.

Fora do Brasil!

Em países como Alemanha, Suécia, Holanda, França e outros países desenvolvidos dentro e fora da Europa, o mercado de energia é totalmente aberto, ou seja, até consumidores residenciais (de baixa tensão aqui no Brasil) podem fazer contratos livremente negociados para consumo de energia. Há também países na América Latina em que o mercado de energia é mais amplo, no sentido de que dá poder de escolha para mais consumidores do que no Brasil.

A viabilidade de abertura do mercado é uma perspectiva muito positiva para qualquer país, tendo em vista que a quebra do monopólio das empresas de energia significa uma maior competitividade que, consequentemente, possibilita um menor custo para o consumidor final. Além disso, essa mesma competitividade é um combustível para o desenvolvimento tecnológico no setor energético, o que também é ótimo para a economia de um país.

Mais sobre como funciona o Mercado de Energia

  • Leilões de energia:

Hoje em dia, os leilões são a principal modalidade de contratação de energia no Brasil. Esses leilões são organizados por órgãos governamentais, por meio de licitações, e os agentes distribuidores e comercializadores dão seus lances de contratação, como em um leilão tradicional, mas o diferencial é que o vencedor é aquele que oferece seu MWh pelo menor preço, sendo que o valor máximo é previamente estabelecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). É por meio desses leilões que concessionárias, permissionárias e autorizadas de serviço público de distribuição de energia elétrica garantem o atendimento ao mercado do Ambiente de Contratação Regulada, ou seja, o mercado cativo.

  • Distribuidoras de energia:

A energia que é gerada nas usinas passa pela rede de transmissão e é enviada até as estações de distribuição. As maiores distribuidoras do Brasil são: o Grupo Energisa, a Companhia Jaguari de Energia, a Companhia Energética do Maranhão, ​​​​​a Companhia Luz e Força Santa Cruz, e a Equatorial Pará. Já aqui no Rio Grande do Sul as maiores distribuidoras são: a Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica (CEEE) e a Rio Grande Energia (RGE).

  • Softwares de planejamento da precificação de energia:

O modelo DECOMP foi desenvolvido pelo Cepel, no âmbito da área de Otimização Energética e Meio Ambiente (DEA), para aplicação no planejamento da operação de sistemas hidrotérmicos de curto prazo e, junto com o modelo NEWAVE, é a ferramenta oficial utilizada pelo ONS nos programas mensais de operação do sistema brasileiro, e pela CCEE para determinar o preço de liquidação das diferenças, adotado no mercado de curto prazo de energia. Seu objetivo é, portanto, determinar as metas de geração de cada usina de um sistema hidrotérmico sujeito às afluências estocásticas, de forma a atender à demanda e minimizar o valor esperado do custo de operação ao longo do período de planejamento, considerando a medida de risco CVaR. Basicamente o software serve para prever qual será o potencial da usina nos meses seguintes dependendo do nível de energia produzido nos meses anteriores, podendo assim prever como será a oferta relativa à demanda por energia, sendo o NEWAVE  um meio de analisar o sistema a longo prazo, e o DECOMP a curto prazo.

Biocombustíveis: uma alternativa para um futuro mais sustentável?

Os biocombustíveis são produzidos a partir da biomassa, um material orgânico que pode ser utilizado para a produção de energia. Usualmente, eles são vistos como uma alternativa aos combustíveis fósseis. As matérias primas mais comuns na produção deles são as plantas oleaginosas, porém, no Brasil, os vegetais utilizados são a cana-de-açúcar, a mamona, a palma, o girassol, o milho, o babaçu e inúmeras outras. Essas matérias-primas dão origem a biocombustíveis como o álcool, o biodiesel, o etanol e o biogás

Esse tipo de combustível pode ser produzido de diversas maneiras, dependendo do produto final desejado. O etanol, por exemplo, é produzido pela fermentação do caldo da cana-de-açúcar. Antes disso, ele passa pelas etapas de lavagem e moagem e, após a fermentação, o líquido obtido nas etapas anteriores é destilado, resultando no etanol. Ele também pode ser produzido a partir de outras matérias primas como o milho, nesse caso é necessário transformar o amido presente na planta em açúcar antes de iniciar a fermentação.

Além disso, os biocombustíveis são divididos em quatro diferentes gerações:

  • 1ª Geração: São aqueles fabricados a partir de espécies vegetais. Nessa categoria entram o etanol, o biodiesel, bio-álcool e o biogás.
  • 2ª Geração: Fabricados a partir da celulose e de outras fibras vegetais não comestíveis. Um biocombustível de exemplo dessa geração é o etanol celulósico
  • 3ª Geração: São os biocombustíveis produzidos a partir de vegetais de rápido crescimento, como as microalgas. 
  • 4ª Geração: São aqueles fabricados com árvores geneticamente modificadas, que fornecem uma biomassa de alta qualidade e têm maior capacidade de absorção do Dióxido de Carbono presente na atmosfera (CO2).

Uma utilização dos biocombustíveis muito frequente é no transporte. A capital do estado do Paraná, Curitiba, aposta em ônibus municipais à biodiesel feito à base de soja desde 2009. No ano de início do projeto havia apenas seis ônibus desse modelo circulando na cidade. Já em 2018, Curitiba contava 64 ônibus menos poluentes, porém, apenas 2,6% do total da frota municipal utilizava biocombustíveis.

Apesar disso, as desvantagens do uso de biocombustíveis estão muito relacionadas com o desmatamento, já que sua produção requer amplas áreas agricultáveis. E, atrelados à agricultura, surgem outros impactos negativos, como o uso de agrotóxicos e a consequente poluição dos aquíferos, por exemplo.

Ainda assim, os biocombustíveis têm várias vantagens. Algumas das principais são: o fato de eles serem biodegradáveis,  a diminuição da dependência do petróleo e outra é o fato dos biocombustíveis serem uma fonte de energia renovável, o que o petróleo não é, por exemplo. Isso contribui ainda mais para a matriz energética brasileira, que está entre as mais limpas do mundo. 

Mas diante dessa imagem de sustentabilidade que o biocombustível vende, ele realmente emite menos CO2 que a gasolina? A resposta é sim. Os biocombustíveis não contribuem para o acúmulo de gases do efeito estufa na atmosfera, uma vez que os gases emitidos em sua produção são reabsorvidos pelas safras seguintes e, ainda, aqueles que possuem oxigênio em sua composição, como o etanol e o biodiesel, ajudam a reduzir as emissões de monóxido de carbono (CO) quando misturados com os combustíveis fósseis.

Matriz Elétrica Brasileira

Após o surgimento da Revolução Industrial,  as fontes de energia passaram a ser provenientes da queima de combustíveis fósseis, como o carvão mineral,  o gás natural, o petróleo e seus derivados. Junto ao rápido desenvolvimento científico e econômico das últimas décadas, novas fontes alternativas de energia começaram a surgir a fim de aliar o desenvolvimento à sustentabilidade.

Por sua grande extensão territorial e localização, a matriz energética brasileira (que é o conjunto de fontes de energia utilizadas somente para a produção de energia elétrica) é  predominantemente oriunda da energia hidrelétrica, que, por mais que cause impactos ambientais significativos no local onde as usinas são construídas, é considerada uma energia limpa. Atualmente, ela é responsável por 66,6% da nossa energia elétrica, e há estudos que mostram que atualmente exploramos somente 35% da capacidade dessa fonte energética.  A segunda principal fonte de energia elétrica do país é proveniente dos combustíveis fósseis, com uma participação de 14,2% do total. Todavia, a tendência é de que ela seja ultrapassada pela energia eólica que, atualmente, é a terceira matriz mais utilizada no país (representando 7,6% do total da produção de energia elétrica brasileira). O Brasil tem uma das melhores matrizes elétricas do mundo, já que aproximadamente 80% dela é proveniente de fontes renováveis, sendo que para os próximos anos essa porcentagem tem um alto potencial de crescimento. 

É importante destacar que quase 70% da geração de energia do país é proveniente apenas de sete estados brasileiros: Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Pará, Minas Gerais, Santa Catarina e Rondônia. Nesses estados são produzidos  36,8 MW de energia, enquanto a produção total do Brasil é de 58,7 MW  (de acordo com Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS)). Em contrapartida, os estados que mais consomem energia são: São Paulo,  Minas Gerias,  Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul e Bahia. Podemos notar que o uso de energia varia bastante de região para região, havendo áreas com demandas consideravelmente maiores do que outras. Diversos fatores influenciam nisso, sendo o principal deles a concentração de parques industriais encontrados no sudeste, fazendo com que o mesmo fosse, segundo a ANEEL, responsável pela metade de todo o consumo energético do país em 2018. 

Os países estabelecem suas estratégias conforme as suas potencialidades, gerando diferenças significativas nas fontes geradoras de energia. A Alemanha tem uma matriz elétrica com 40,4% de energias renováveis, mas as usinas termelétricas a base de carvão ainda são muito importantes para a geração energética. A França produz 75% da sua energia elétrica por meio de usinas nucleares. Na Suíça, somente 1,4% da energia produzida em seu território é advinda de termelétricas, mas necessita importar cerca de metade da energia que consome (o que demonstra uma fragilidade na sua autonomia energética). Nos Estados Unidos, 17% da energia elétrica é produzida a partir de fontes renováveis e 62% a partir de combustíveis fósseis (38% de gás natural, 23% de carvão e menos de 1% de petróleo). Dessa forma, é possível notar que, apesar da leve abertura do mercado nacional na área de produção de energia e de um menor desenvolvimento econômico do país, quando comparado com países de primeiro mundo como os Estados Unidos, o Brasil já demonstra seu enorme potencial nessa questão apresentando uma das melhores matrizes elétricas do mundo.